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Congresso da Vida Religiosa Consagrada do Brasil

Foram dias que nos impulsionaram a uma caminhada de mais ânimo e esperança.

Mayo 2015 | Nilce Antunes de Freitas, odn (Brasil) | Experiencias

O tema do congresso: Assumir o Núcleo identitário da Vida Religiosa Consagrada com atitude profética e processo mistagógico, foi aprofundado com a colaboração de assessores como o Padre Geraldo Kolling, Padre Paulo Suess, Rosemary Costa, Irmão Afonso Murad, Irmã Annette Havenne entre outros que nos ajudaram a reativar a esperança. Acompanharam-nos também, dom Raymundo, Cardeal  Damasceno Assis, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e arcebispo de Aparecida, Irmã Mercedes Casas Sanchéz (México), presidente da Confederação Latino-americana e Caribenha de Religiosos e Religiosas e, Dom Pedro Brito, presidente da comissão da CNBB para os Ministérios Ordenados de Vida Consagrada.


Nesse momento desafiante que vivem boa parte de nossas comunidades eclesiais e também de nossas comunidades de Vida Religiosa Consagrada (VRC), nos alegrou e ao mesmo tempo nos questionou a intervenção simples e profunda da irmã Annette Havenne em sua palestra no Congresso: “Alcançad@s pelo Mistério”. A partir de uma linguagem bíblica- simbólica e com sua experiência missionária e “itinerante”, no resistente e resiliente nordeste do Brasil, ela desafiou-nos a examinar como está nossa relação com o mistério escondido em cada um/a de nós. E, quais os espaços que fazemos para esse encontro que deveria ser cotidiano, silencioso, profundo e de conversão. Ajudou-nos a perceber como a sociedade atual nos convida ao “exterior” e à superfície da vida levando-nos a esquecer de como é “saborear a vida a partir de dentro”. E, ainda, que nossas comunidades cristãs não estão cuidando e promovendo a vida interior: “muitos não sabem o que é silêncio do coração, não se ensina a viver a fé a partir de dentro”, onde encontramos a essência para uma vida mais humana. 


Depois, nos propôs o que ela chama de “sete portas para adentrar no mistério”:
Semente-joio-mostarda-fermento-tesouro-pérola-rede, lembrando que essas “imagens não falam de sucesso, de facilidade ou de grandeza! Falam de vida, de uma energia vital extraordinária no ordinário, mais forte que os limites e obstáculos. Elas falam de uma história, ou melhor, de um processo germinal de fecundidade, sempre a partir do que experimento em minha casa ou na comunidade cristã, nas estradas da vida e da missão: dores, alegrias e esperança do dia-a-dia.”


E finalizou dizendo: “Que esta reflexão orante sobre a experiência e o Mistério de Deus em nossas vidas seja como um dom que germina.” Depois compartilhou com as mais de 2000 pessoas presentes o pão (fermento) feito de milho (semente) que ela usou para iluminar esse momento.


Foram dias de interação fraterna e profunda a ponto de arder nossos corações e impulsionar-nos a uma caminhada de mais ânimo, esperança e, sobretudo de busca e entrega. Iluminados por importantes referências da Vida Religiosa e da igreja, vivenciamos momentos de oração e eucaristia, momentos de descontração e alegria e momentos de diálogo e escuta junto à nossa querida mãe Aparecida.

(Irmãs da Companhia de Maria que participaram do Congresso: Adriana Patricia Restrepo Brand, Maria José Silva, Izabel Botelho, Margarida Salvalágio, Edinéia de Souza e Nilce Antunes de Freitas).
 

Nilce Antunes de Freitas, odn: religiosa da Companhia de Maria. Bacharel em Serviço Social; terapeuta de floral; coordenadora da Pastoral Juvenil vocacional do Brasil; coordenadora do Plano de Formação (Projeto Bordeaux) no Brasil e membro da comissão juvenil vocacional do Cone Sul.


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